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Manoel Goes | Parabéns, Ilha do Mel! | 5/9

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CULTURA POPULAR

A Capitania do Espirito Santo foi oficialmente ocupada em 23 de maio de 1535 no sopé do morro da Prainha, hoje morro do Convento de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha/ES, a primeira capital do Espírito Santo.

Devido aos constantes ataques dos povos indígenas que defendiam a sua terra, tanto como os franceses e holandeses que tentavam ocupá-la, os portugueses se mudam para a Ilha de Santo Antonio.

Depois de vencerem uma dura batalha contra a tribo dos Goitacazes, refundaram a cidade e a batizaram de Ilha da Vitória, marcando a sua fundação no dia 8 de setembro de 1551, também festa da natividade de Nossa Senhora.

Nesta sexta-feira, 8/9, é dia de soprar velinhas para a nossa “Vitorinha”, uma das três capitais brasileiras localizadas em ilhas. As outras são Florianópolis, Santa Catarina, e São Luiz, Maranhão. Coincidentemente, a capital dos maranhenses, São Luiz, também faz aniversário em 8 de setembro, ambas compartilhando algo em comum na sua história.

Elas foram invadidas por europeus e ocupadas em determinado momento por portugueses. A capital do Espírito Santo faz 472 anos, enquanto a capital do Maranhão, fundada em 1612, completa 411 anos.

Vitória tem mais de 360 mil habitantes – Cens de 2022 – com o quinto maior índice de desenvolvimento humano entre todos os municípios brasileiros. Foi considerada em 2015 como a melhor cidade para se viver no Brasil, eleita pela Organização das Nações Unidas (ONU); e, em 2017, como a terceira. Uma pesquisa sobre limpeza pública classificou Vitória como a terceira cidade mais limpa do país.

Foi o resultado de um levantamento em todas as capitais e no Distrito Federal pelo Instituto Veritá, realizado em julho deste ano, ficando atrás de Curitiba e Boa Vista.

A nossa capital, cidade em que nasci e vivi os meus primeiros 4 anos de idade, liderou a lista de destinos turísticos mais procurados no País em julho, por ser a nossa “Ilha do Mel”, Vitória, um verdadeiro tesouro turístico, que consegue combinar uma variedade de atrativos que encantam os nossos visitantes.

Dos mangues às construções modernas, das praias aos monumentos históricos, dos morros com contornos da baia e zona portuária, do amanhecer e entardecer de um céu rosa, branco e azul de brilho único.

Como afirma a nossa primeira dama da literatura brasileira contemporânea produzida no Espirito Santo, a mestra escritora Bernadette Lyra, em seu livro Guananira:

“Quem disse que todas as cidades são iguais não conhece Vitória. A maravilhosa Vitória, que dorme e acorda cercada de águas que sussurram, ao invés do estrondoso ruído que se escuta em outros espaços circundado por mar.” (Manoel Goes).

Por Manoel Goes, gestor cultural, escritor e diretor no IHGES