pedido de voto
Coluna AQUI RUBENS PONTES
MEU POEMA DE SÁBADO
“Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior, mesmo que o agrave” | Carlos Drummond de Andrade
Neste domingo, pondo fim à tumultuada campanha marcada principalmente por truculência de alguns candidatos à Presidência da República, os eleitores irão às urnas.
O Portal Don Oleari, como órgão de informação, não tem nomes escolhidos e tão pouco sugere qualquer um deles, mas concita os seus funcionários e colaboradores a votar nos candidatos por eles com critério escolhidos, exercitando a mais importante ferramenta para consolidar a democracia brasileira.
Afinal, o voto é obrigatório para todas as pessoas com mais de 18 anos e menos de 70 anos, facultativo para os maiores de 70, para analfabetos e jovens entre 16 e 18 anos de idade.
O voto eletrônico faz parte do processo de informatização da Justiça Eleitoral iniciado em 1986, com o recadastramento eletrônico de cerca de 70 milhões de eleitores.
UM POUCO DE HISTÓRIA
A mulher eleitora está finalmente tomando consciência de sua participação no processo
político brasileiro e tem, neste ano 2022, número expressivo de candidatas a postos eletivos.
Dos 156 vmilhões, 454 mil e 11 eleitores brasileiros, 82 milhões 273 164 são mulheres, 53 por cento deles, conforme registro do Tribunal Superior Eleitoral.
Também no Espírito Santo o fenômeno se repete: do total de 2 milhões 921 mil e 505 eleitores as mulheres são maioria, somando 1 milhão 534 mil 873. O eleitorado masculino é de 1 milhão 385.794 conforme registro no Tribunal Eleitoral.
Não foi fácil a caminhada para as mulheres, mas seu ponto de partida se deve à coragem pioneira de nomes que marcaram história no Espírito Santo, como o de Judith Leão Castelo Ribeiro, nascida na cidade da Serra em 1898.
Jornalista, escritora, professora, apoiou o movimento revolucionário constitucionalista de São Paulo, e, em 1947, candidatou-se a deputada estadual no Espírito Santo.
Judith Leão Castelo foi eleita como candidata avulsa com 1.170 votos, e a única mulher a tomar posse na Assembleia Constituinte do Espírito Santo pelo Partido Social Democrático, PSD.
A partir dessa primeira e vitoriosa incursão no campo da política, Judith Leão Castello foi reeleita deputada estadual para quatro legislaturas consecutivas.
Paralelamente, no correr do tempo, como educadora, durante 40 anos lecionou em Vitória no Ginásio São Vicente de Paula.
Dois de seus ex-alunos ganharam especial destaque na vida capixaba, o senador João Calmon e o jurista Clóvis Ramalhete, ministro do STF.
Talento múltiplo, a serrana incursionou no campo do jornalismo, escrevendo artigos para o “Diário da Manhã”, para as revistas “Vida Capixaba” e “Canaã”e crônicas para o jornal “A Gazeta.”
Como escritora, teve editado em 1980 o livro de artigos e crônicas “Presença”, doado à Igreja Católica para obtenção de recursos destinados a obras de assistência social.
Outro ponto alto na fulgurante trajetória de vida de Judith Leão Castello foi a de fundadora e primeira presidente da Academia Feminina de Letras do Estado do Espírito Santo.
Eclética e incansável, foi membro da Associação Espírito-Santense de Imprensa, do Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Espírito Santo e da Academia Anapolina de Filosofia, Ciências e Letras e Goiás.
Entre as inúmeras homenagens em vida e post-mortem prestadas a Judith Leão Castello, falecida no Rio de Janeiro, em 1982, foi dado seu nome ao prédio administrativo da Câmara Municipal da Serra.
O Poderoso Chefão, o colunista e todos os que produzem o Portal Don Oleari, veem no exemplo da serrana Judith Leão Castello o bom roteiro de voto para a mulher eleitora capixaba escolher, com seu proverbial bom senso e equilíbrio, os candidatos que isentamente, a seu ver, irão melhor representar no Poder os brasileiros de todos os Estados.
Desculpe, o nosso Espírito Santo, particularmente.
Rubens Pontes, jornalista
Cordel do pedido de voto
Rodrigo Bico
(*)
Você sabe que em campanha
Chega certos candidatos
Sem nenhuma vergonha
Oferecendo muitos agrados
Numa cara de pau tamanha
Pois agora vou citar
Sem medo de me queimar
Alguns objetos escrotos
Que usam pra comprar seus votos
Tem dentadura e saco de cimento
Telha, tijolo e tinta pra dá um incremento
Tem feijoada e showmício
Disfarçados de festa de padroeira
E ainda tem resquício
De levar cassete e carreira
Dos tempos do coronelismo
Onde o voto era na peixeira
Tem caba que oferece cargo
Salário sem trabalho
Se descobrirem fica amargo
Ou azedo que nem alho
Tem vereador que na sua instância
Adora política assistencialista
Compra logo uma ambulância
Engana o povo e diz que é grande conquista
Ainda tem cursinho pré-vestibular
Telecentro, Terno de Futebol
Dinheiro no envelope, inté celular
E pra brindar, duas grades de Skol
É tanta safadeza junta
Que da poesia perco o tino
Anoitece, vira o dia, o sol fica a pino
E num paro de citar essa política imunda
Que até hoje se repete
Adentro desse Brasil profundo
Se você vê, num se aquiete
Se prepare e bote a boca no mundo
Se você é um eleitor consciente
Quer um Brasil melhor
Tome prumo, se atente
Não queira pra você o pior
Escolha aquele candidato
Que tem estofo, tem proposta
Que é inteligente e preparado
Faz política que o povo gosta.
Agora, caso você num queira
Perder esse falso benefício
Saiba que uma grande besteira
Se você está fazendo isso
Receba esse falso agrado
Diga que seu é voto é dele
Mas escolha outro candidato
Vai ser ruim também pra ele
Que gastou dinheiro
Fez uns arrumado, se endividou
Querendo ser o primeiro
Nem foi eleito e se ferrou.
Pra terminar, deixo um recado
Político bom é aquele que nos represente
Não compra voto, é preparado
Cumpre sua obrigação e é competente.
(*) Autor: Rodrigo Bico
Tem 24 anos, Pré-candidato em Natal/RGN
Franquias: Setor cresce de 16,8% no trimestre
pedido de voto
pedido de voto
pedido de voto
pedido de voto
pedido de voto
pedido de voto
pedido de voto