Escândalo nacional | A roubalheira através de ONGs não qualificadas: o desvio de quase 500 milhões de reais

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Veja no destaque, lá embaixo, algumas ONGs fantasmas, sem estrutura, segundo a CGU, que receberam milhões. Sete ONGs receberam quase meio bilhão de reais entre 2021 e 2023 para a realização de projetos esportivos e de capacitação profissional. 

Pensando, pensando, pensando

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Don Oleari

OPINIÃO | A VOZ DO DONO

Don Oleari

Em uma revelação alarmante, investigações recentes apontaram que quase 500 milhões de reais em recursos públicos foram desviados através de ONGs não qualificadas, muitas vezes criadas para fins fraudulentos, com o uso de emendas parlamentares de deputados e senadores.

Essas organizações, muitas delas fictícias ou com atividades questionáveis, têm sido utilizadas como uma fachada para o desvio de dinheiro público destinado a projetos sociais e de interesse público.

Roubalheira através de ONGs

O esquema funciona de forma sistemática: emendas parlamentares, que deveriam ser direcionadas a causas legítimas, são repassadas para ONGs que não cumprem requisitos básicos de qualificação ou transparência.

Muitas dessas entidades não têm estrutura, não oferecem comprovação de uso dos recursos ou, em alguns casos, sequer existem de fato. O que deveria ser uma aplicação para o bem da sociedade acaba sendo utilizado para beneficiar grupos e pessoas desconhecidas, sem qualquer prestação de contas ou fiscalização adequada.

O dinheiro, que deveria ser destinado a áreas como educação, saúde, assistência social e desenvolvimento sustentável, acaba sendo desviado sem deixar rastros claros de sua utilização.

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13 de novembro de 2024
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Roubalheira através de ONGs

Senador Alcolumbre (União Brasil-AP) é candidato a presidente do Senado Federal

Senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi um dos que indicaram emendas a ONGs sem estrutura para fazer a entrega
Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Veja mais em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/11/12/cgu-metade-de-ongs-envolvidas-com-emendas-nao-tinha-como-executar-projeto.htm?cmpid=copiaecola

Em vez de promover benefícios reais à população, essas ONGs fictícias funcionam como intermediárias para o desvio de recursos, favorecendo aqueles que estão por trás da criação dessas entidades fraudulentas.

Esse tipo de prática não só prejudica a credibilidade das ONGs legítimas, que desempenham um papel fundamental em várias áreas de atuação, mas também compromete a confiança da população nas instituições públicas.

Além disso, os recursos desviados são retirados de serviços essenciais, que poderiam melhorar a qualidade de vida da população, como a saúde pública, a educação e o apoio a comunidades em situação de vulnerabilidade.

As investigações em andamento visam identificar os responsáveis por essas fraudes e responsabilizá-los legalmente.

É urgente que haja uma reforma nas formas de alocação e fiscalização de recursos públicos, especialmente quando envolvem emendas parlamentares e repasses para entidades da sociedade civil.

A transparência e a prestação de contas precisam ser prioridades, para evitar que o dinheiro dos contribuintes continue sendo desviado por meio de esquemas fraudulentos que alimentam a corrupção e a impunidade.

O caso expõe mais uma faceta da corrupção que assola o Brasil, mostrando como recursos públicos podem ser facilmente desviados quando não há uma fiscalização rigorosa e uma atuação efetiva das autoridades competentes. O combate a esses esquemas exige ação imediata e uma política mais rígida de controle e acompanhamento dos repasses públicos.

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Roubalheira através de ONGs

ONGs sem estrutura, segundo a CGU

A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que diversas ONGs beneficiadas com emendas parlamentares não possuem estrutura adequada para executar os projetos para os quais foram destinadas verbas públicas.

Roubalheira através de ONGs

Entre as entidades que receberam grandes quantias de recursos estão:

  • Liga dos Esportes Radicais e Recreativos , ligada à deputada Renata Abreu (Podemos-SP) , que já recebeu  R$ 2,9 milhões .
  • Fundação Parque Tecnológico da Paraíba, vinculada à senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB), que recebeu R$ 2,8 milhões.
  • Liblomica (Liga dos Blocos de Micareta e Carnaval do Município de Santana), com emendas da deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), do senador Davi Alcolumbre (União-AP) e da deputada Aline Gurgel (Republicanos-AP), que somam R$ 2 milhões.
  • Associação Cultural Quântica Laboratório de Arte Contemporânea, apoiada pelo deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já recebeu R$ 1,5 milhão.

Além dessas, há a Associação da Colônia Paraguaia de Dourados, entre outras, que também receberam grandes quantias de dinheiro público, mas, segundo a CGU, não tinham como executar os projetos para os quais foram beneficiadas.

Esses casos fazem parte de uma série de denúncias de ONGs que, embora tenham sido contempladas com emendas parlamentares significativas, não apresentam estrutura ou comprovação de que o dinheiro foi realmente utilizado para as finalidades previstas.

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Edição, Don Oleari – [email protected] | https://twitter.com/donoleari

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
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