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Desafios da Serra | 8/12

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Artigo |

Por Pablo Muribeca (*)

O melhor presente que a Serra ganha no dia do seu aniversário – 8 de dezembro – é R$ 1.650.000 em emendas para a saúde!

O município da Serra é a locomotiva econômica do Estado do Espírito Santo, com uma receita que gira em torno de dois bilhões de reais anuais e que representa 10% da receita do estado, fruto do trabalho de mais de 525 mil habitantes.

Os desafios do município que quintuplicou sua população nos últimos anos exigem ousadia, inovação e responsabilidade e dialogar com ele hoje exige disposição e, principalmente, humildade para entender que é um município plural, cosmopolita, multicultural e com uma série de anseios complexos.

Nos últimos 30 anos, o município da Serra passou por um revezamento político bipolar de seu comando, mas os tempos definitivamente são outros. Não basta carregar nas costas o “título de experiente”. Sem desprezar quem já produziu, a população almeja agora ousadia e inovação para enfrentar os desafios que rondam o grande município.

Com o crescimento populacional, áreas sensíveis passam a clamar ainda mais por investimentos, especialmente na educação, na segurança, na saúde e na geração de emprego e renda – sem dúvidas as bases do desenvolvimento econômico sustentável.

Atualmente, em contradição à exuberante arrecadação, a Serra possui uma das piores distribuições de renda per capta com apenas R$ 3.884,24, ocupando um triste 74º lugar entre os municípios do Espírito Santo.

Em 2022, segundo o novo CAGED, a Serra amargou 6.907 demissões contra módicas 8.065 admissões – um tímido saldo positivo de míseros 0,22% da população como um todo.

Para desatentos, o saldo positivo de 1.158 postos de trabalho parece algo a se comemorar, mas como ficam as famílias que passaram a conviver com a triste realidade do desemprego? Quando apenas se fala em números, abandona-se o sentimento humano que deve nortear as políticas públicas, especialmente as que geram emprego e renda para a população.

O setor produtivo, notadamente os empreendedores, precisam receber estímulos do Poder Público para, de fato, fomentarem a geração de emprego, renda e dignidade, uma vez que são eles que criam as oportunidades. O Poder Público deve investir e criar condições para o desenvolvimento da população, para que ela possa progredir com seu esforço.

Os investimentos, de uma forma geral, do Município em 2022 são claramente maquiados e também não excitam suficiente comemoração. Apesar de os números absolutos parecerem chamativos, cerca de 364 milhões de reais, se divididos por cidadão, alcançaremos um tímido 27º com apenas R$ 700,00 por pessoa, ficando atrás de municípios de menor poder de investimento como Pedro Canário, Dores do Rio Preto, Mucurici e Águia Branca.

Na área de saúde, as propagandas da Prefeitura não refletem a realidade suportada pelo agonizante cidadão serrano. Em 2022, segundo o Tribunal de Contas do ES, a Serra ocupou um triste 55º lugar de aplicação per capta em saúde, daí se compreende o sofrimento do cidadão serrano nas filas e as trocas sucessivas de titulares da pasta.

Na educação – onde se investe na formação de cidadãos e de um futuro próspero – a Serra alcançou somente um assustador 59º lugar na aplicação per capta, ao passo que Vitória ocupou um orgulhoso 6º lugar.

A assistência social, área de fomento básico para a dignidade da pessoa humana é de intenso e seguido desafio aos gestores. a Revista Finanças dos Municípios Capixabas (2021) alerta que a Serra amarga o 67º lugar de investimento, com deploráveis R$ 87,78 por pessoa. Difícil falar em combate à pobreza dessa forma.

Para fechar um cenário decepcionante de má gestão, a Serra, após anos avaliada em nota A pelo Tribunal de Contas, amargou uma medíocre e inédita nota B, evidenciando declínio e risco com a gestão dos compromissos e com as finanças municipais.

Os desafios são muitos e, naturalmente, exigem humildade, estudo, inovação, equipe, parcerias saudáveis, liderança, ousadia e muita dedicação para enfrentar o que vem pela frente. Não basta mais bater no peito e se orgulhar de experiência com arrogância, pois os números apresentados aqui demonstram que fórmulas que no passado talvez tenham dado certo, hoje já mostram desatualização e desgaste (Pablo Muribeca).

 (*)  Pablo Muribeca é deputado estadual da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

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