Folclore
O saber popular está no folclore em todas as suas manifestações. Câmara Cascudo disse que o folclore é “a ciência do povo”.
AQUI MANOEL GOES
Cultura popular | VV
Foto de capa: A “santíssma trindade” do folclore do ES e Câmara Cascudo
Agosto é o mês do Folclore Nacional, comemorado no dia 22. De origem inglesa, “folklore” significa “sabedoria popular”.
Uma data de alerta sobre a importância da valorização e da preservação das muitas manifestações folclóricas do país, como Mula sem Cabeça, Saci Pererê, Curupira e até o Boto Cor de Rosa, lendas muito antigas e passadas de geração em geração.
Vários educadores defendem a tese, e eu concordo com eles, da importância de celebrarmos a data pela representatividade do folclore na cultura popular, tendo em vista que toda sociedade tem sua cultura, suas tradições, crenças e costumes.
Afinal o folclore é o saber popular que se valoriza e se perpetua ao longo das gerações. A nossa homenagem aos grandes intelectuais folcloristas, começando por Câmara Cascudo, que muito valorizou a expressão “folclore”, pensada como ciência do povo, ciência que pudesse fornecer as bases, as camadas daquilo que nós expressamos enquanto o que nos diferencia dos outros.
Folcloristas do Espírito Santo também merecem todas as homenagens. Começamos pelo professor Hermógenes Lima Fonseca, Mestre Armojo, personagem fundamental para o conhecimento, valorização e preservação do patrimônio imaterial do Estado.
Mestre Armojo foi um pensador popular fora da academia que, ao lado de Guilherme Santos Neves e Renato Pacheco, formou a “santíssima trindade do folclore capixaba”. Eles foram responsáveis pela atenção ao folclore com muito estudo e com exaustivas pesquisas definiram as primeiras políticas públicas para o setor.
Uma data de alerta sobre a importância da valorização e da preservação das muitas manifestações folclóricas do país, como Mula sem Cabeça, Saci Pererê, Curupira, o Boto Cor de Rosa, lendas muito antigas e passadas de geração em geração.
Pequeno em extensão territorial, o Espirito Santo é celeiro riquíssimo em tradições folclóricas, privilegiado pela sua posição geográfica, dos povos e raças que aqui se instalaram e que convivem numa grande e cordial fraternidade.
Posso citar os brancos: alemães, poloneses, italianos, árabes, dentre outros. Importante lembrar que em fevereiro próximo comemoraremos 150 anos da imigração italiana, uma das maiores colônias italianas do país.
Temos também os nossos irmãos pretos, de várias etnias, e também os povos originários. Somados a toda essa diversidade temos um grande contingente de japoneses e coreanos. E o resultado não poderia ser outro, a não ser termos um folclore amplo, rico, diverso, majestoso; em uma região de praias e montanhas, com clima para todas as tradições e povos.
É fundamental mantermos vivos os mitos e lendas da nossa gente. Se termos como folclore e cultura forem descartados, esquecidos, as peculiaridades de uma imensa quantidade de folguedos, festas, artes, crenças e mitos, como também práticas do cotidiano acabarão sendo deixadas de lado.
A gestão do prefeito Arnaldinho Borgo, em Vila Velha, tem dispensado toda a atenção ao resgate e preservação do patrimônio histórico e cultural canela-verde, dando dignidade à rica cultura da 3ª Cidade mais antiga do Brasil (1535).
Temos agora na Casa da Memória de Vila Velha/ES, na Prainha, uma sala chamada Folclore na Vila, dedicada exclusivamente ao resgate do nosso folclore. Um projeto com vasta programação que será levada para as escolas e comunidades, fruto da consolidada parceria entre a Prefeitura Municipal e a Academia de Letras de Vila Velha, presidida pelo poeta Horácio Xavier.
Como sabemos e lembramos sempre: “Não se pode construir um futuro sem ter tido um passado. Um povo sem história é povo sem futuro. Vila Velha é o futuro presente!”
Manoel Goes Neto é escritor, curador cultural da PMVV e diretor no IHGES (Instituto Histórico Geográfico do Espírito Santo).
Folclore
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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