Helder Carnieli
Trem da Alegria do Jorge Boca IV | Em entrevista do ex-presidente do Crea-ES a um programa de televisão, Carnieli confirma “a farra financeira” posta em prática pelo atual presidente Jorge Luis Silva.
O ex-presidente do Crea-ES confirmou em entrevista a um programa de televisão todas as anotações do Don Oleari Portal de Notícias e repetiu os títulos usados nas nossas matérias, referindo-se seguidamente ao “Trem da Alegria” implantado pelo atual presidente Jorge Silva, que está em campanha pela reeleição.
Helder disse que o Crea-ES tem um orçamento maior do que o de muitos municípios do Espírito Santo:
– “Um orçamento alto, maior do que muitos municípios, que têm os problemas que o Crea não tem, daí atualmente estar se fazendo o maior volume de gastos de todos os tempos em pagamentos vultosos a comissionados e uma farra de dinheiro com as entidades”.
Ele aborcou o alto número de contratados comissionados, que gerou o bordão já citado pelo Don Oleari Portal de Notícias chamado “A Farra dos Comissionados”.
– “O Crea tem hoje mais de 25 comissionados ganhando mais de R$ 11.000,00, sendo que muito deles não prestam os serviços para os quais estão sendo pagos”.
Patrocínios de futebol
O ex-presidente do Crea-ES citou o que ele e muitos outros, segundo ele, consideram um “absurdo”, que foi o apoio ao Clube Álvares Cabral com quase R$ 12 mil reais para participar da competição da Taça Brasil de Clubes em Paranaguá, no Paraná.
– “que relação tem essa competição com a engenharia?”, perguntou Helder. Citou outro exemplo de gastos direcionados a 3 colaboradores “para verificarem o palco num evento de Forró em Pontal do Ipiranga, em Linhares”.
Informou que os fiscais do Crea-ES, que exercem e são pagos para essa função, são os funcionários credenciados e são “os único que podem lavrar um auto de infração”, se for o caso.
Farra de gastos
Helder Carnieli falou ainda sobre outros itens que comprovam o “regime de gastança” desenfreada do atual presidente Jorge Boca. Mencionou o excesso de contratados muitos deles ligados a gestores e conselheiros.
Disse o ex-presidente do Crea-ES que “O superintendente tem filha, que é arquiteta, trabalhando no Crea, várias esposas de conselheiros trabalham no Crea, que tem CINCO secretárias para atender à presidência da entidade”.
Mencionou também o Plano de Demissão Voluntário – PDV – abordado pela matéria anterior do Don Oleari Portal de Notícias. Considerou exagerado o plano aplicado ao valor “de quase R$ 5 milhões de reais” (***), dizendo:
“Dos que aderiram ao PDV, 20 eram funcionários aposentados e é proibido fazer Plano De Demissão Voluntária. Apenas 2 dos 22 que receberam pelo PDV eram funcionários não aposentados”, disse Helder Carnieli.
(***) Conforme o Don Oleari Portal de Notícias, os altos gastos com o Plano de Demissão Voluntária totalizaram cerca de R$ 4.700.000,00. Os dados são oficiais, obtidos da aba transparência do Crea-ES.
Desenvolvimento
“Nas últimas duas gestões – disse Carnieli – o Crea-ES não participou de nenhum grande debate sobre desenvolvimento do Estado, como lhe compete. Ele tem a missão de incentivar, de participar, mas, por exemplo, o Crea-ES não esteve nem perto das discussões sobre mobilidade urbana nos últimos tempos”, completou o ex-presidente.
Farra de dinheiro para as entidades
Helder Carnieli abordou ainda as informações constantes da matéria do Don Oleari Portal de Notícias sobre a generosa distribuição de dinheiro a diversas entidades de engenheiros. Veja aí, ó:
Trem da Alegria do Jorge Boca III | Presidente do Crea-ES foi generoso com entidades: mais de R$ 5 milhões de janeiro a setembro de 2023 | 6/11
Ele citou o Crea de São Paulo, que tem um orçamento anual de R$ 700 milhões e é o maior do Brasil.
“O maior volume de recursos que o Crea de SP distribuiu entre entidades de engenheiros foi de apenas R$ 200 mil reais”, disse Helder. E completou:
“No Espírito Santo, com um Crea-ES muito menor do que o de São Paulo, só uma entidade levou R$ 2.003..743,78, que foi a Sociedade Espírito-santense dos Engenheiros (SEE). Um absurdo”, disse Helder Carnieli.
Confira os números que chegaram a mais de R$ 5 milhões distribuídos às seguintes entidades:
1 – A campeã absoluta é a Sociedade Espírito-santense dos Engenheiros (SEE). A ela foram repassados R$ 2.003..743,78 (dois milhões, três mil e setecentos e quarenta e três reais e setenta e oito centavos). DE janeiro a setembro de 2023, uma média de cerca de R$ 222 mil reais mensais. Nada mal.
Tecnólogos recebem outra bolada
2 – A entidade dos Tecnólogos também foi bem aquinhoada. A Associação dos Tecnólogos do Espírito Santo engordou o seu caixa com R$1..324.,800,00.
SEEA é a terceira, com mais de um milhão de reais
3 – A velha e, segundo consta no cenário da engenharia, com uma trajetória de altos e baixos em suas atividades, Sociedade Espírito-santense dos Engenheiros Agrônomos, recebeu repasses de janeiro a setembro de 2023 no total de R$ 1.088,550,00.
A APEA-ES também se deu bem
4 – Outra entidade que entrou no rateio de janeiro a setembro de 2023 com uma boa bolada foi a – segundo muitos engenheiros – “pouco expressiva e pouco atuante” (***) Associação dos Profissionais da Engenharia Ambiental do ES. A APEA-ES foi a quarta colocada no campeonato das polpudas verbas. No seu caixa, caíram R$ 622.600,00.
(***) – A referência “entre aspas” é à entidade e não à categoria dos profissionais da área florestal e ambiental.
Helder Carnieli abordou ainda questões do orçamento, sobre o qual Don Oleari Portal de Notícias tem dados mais concretos e está aguardando a confirmação de mais informações.
Segunda ou terça-feira da semana que vem, voltamos a falar sobre “a farra financeira” do presidente licenciado Jorge Boca.
Helder Carnieli
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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