Nem sempre
Nem sempre, estar à frente nas pesquisas significa vencer a eleição. É o que tem mostrado a crônica política ao longo dos anos.
Edilson Lucas do Amaral
A política em Vitória, a nossa capital do Espírito Santo, parece refletir um enredo semelhante ao filme “Nada de Novo no Front”. Está presa a um ciclo constante de personagens conhecidos e tramas recorrentes.
Os dados da pesquisa mais recente da Futura sugerem um panorama familiar: Lorenzo Pazolini lidera com cerca de 30%, seguido por João Coser, mantendo-se na casa dos 20%.
Ambos são figuras conhecidas da última eleição, em 2020, mantendo a disputa em um patamar previsível.
A ausência de novidades também se manifesta na rejeição ao Capitão Assumção – rejeição que encontra eco principalmente entre os segmentos mais à esquerda.
Enquanto isso, Luiz Paulo solidifica sua posição. E nomes como Fabrício Gandini, Luciano Resende e até o Deputado Tyago Holfeman, parecem se situar em um limbo político, sem declarações claras ou recuando em suas posições.
Segundo turno
Contudo, uma mudança estranha se desenha no cenário. Surpreendentemente, os observadores – exceto nós aqui no Don Oleari Portal de Notícias – não consideraram uma possível disputa de segundo turno entre Camila Valadão e/ou Luiz Paulo Vellozo Lucas com o dono atual da cadeira número um, o prefeito Lorenzo Pazolini.
Deu-se destaque anteriormente a Fabrício Gandini, quando ele nem sequer havia declarado intenção de lançar novamente uma pré-candidatura a prefeito.
Na eleição de 2020, tido como favorito na sua base eleitoral, Gandini perdeu no bairro-cidade Jardim Camburi para o prefeito Lorenzo Pazolini.
Vigorou o velho conceito de que para ganhar eleição em Vitória, candidato tem que ganhar no maior colégio eleitoral, Jardim Camburi.
Essa omissão levanta questionamentos sobre as intenções por trás da exclusão de Luiz Paulo Velozzo Lucas desse cenário hipotético.
Nem sempre
O histórico político de Vitória oferece uma lição valiosa, que são as reviravoltas constantes registradas na crônica política.
Cada líder supostamente absoluto do passado viu seu reinado desafiado e cada slogan “vitorioso” desabou diante da dinâmica política, pois o cenário é mutável e, em pequenas frações de tempo, é todo desmontado.
Alguns exemplos do que menciono são os nomes de Dr. Luiz Buaiz e seu slogan “Eu Amo Vitória D+”, Dr. Nilton Baiano, Dr. Cesar Colnago, o próprio Luiz Paulo Vellozo Lucas e o “Muda Vitória”. As viradas são marcos históricos no município, reforçando o velho mantra de que nada na política é definitivo.
No meio desse cenário, surge a figura de Paulo Hartung, uma figura marcante na história política do Estado do ES, que ressalta a imprevisibilidade do curso dos eventos. E nem sempre é o que parece.
Sem extremos
O eleitorado parece almejar uma liderança que fuja dos extremos, alguém experiente e competente para gerir esse “condomínio” chamado Vitória.
E assim, as águas da política continuam fluindo sob as pontes, levando consigo promessas, polarizações e incertezas. O cenário político atual de Vitória, assim como a história, revela-se um palco de eventos imprevisíveis, onde as viradas são constantes e os personagens se alternam, mas a busca por uma gestão equilibrada e experiente permanece como um farol na maré incerta das eleições (Edilson Lucas do Amaral).
NEC = Nota do Editor Chefão, Don Oleari | A foto de capa é uma mera ilustração “fotogarfada” na inferneti. Outra coisa: o tamanho das fotos de pré-candidatos obedecem critérios de edição e editoração, nada mais que isso (Don Oleari).
Edilson Lucas do Amaral é analista político e profissional de Marketing.
Nem sempre
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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