Almoço em família
Coluna Viva a Vida! Aqui, tudo se sabe
Don Oleari
Homenagem a nosso Colaborador Senior, por seus 101 anos, ele que pegou o atual Don Oleari Portal de Notícias ainda de calça curta.
Em primeiro lugar, quero anotar quitamu resgatando a Coluna Viva a Vida! Aqui, tudo se sabe, que criei há um tempim e que teve uma fase de bastante aceitação.
Tania & Clelia
Disse isso daí nesta sexta conversando com a prezada Tania Calazans.
Depois de ter conversado também com a prezada Clélia Soares.
Olhem que bela foto das duas artistas.
As duas são muito queridas da nossa tchiurma.
São artistas plásticas muito conceituados no cenário artístico cultural do Espírito Santo.
Tania e Clélia começaram a coluna comigo.
Tania e André
Mais adiante, chegou nosso prezado André Poubel, um cara articulado, cidadão do mundo, também com as manhas para o bom gosto e para o belo, quinenqui Clelia e Tania.
Ele ficou boa temporada na parceria com Tania Calazans, logo que Clélia decidiu dar um tempo. E a coluna foi muito bem.
Pandemonia
Por desígnios não escritos nas estrelas nem nas areias das praias, quinenqui o duvidoso poema de 4 mil versos do padre José de Anchieta, a segunda dupla também tomou seus rumos.
E a coluna VIVA A VIDA! Aqui, tudo se sabe entrou naquela – sacumé? – naquela de…logo, logo, ela volta.
E tá voltando agora, nesta homenagem que a tchiurma do Don Oleari Portal de Notícias faz ao jornalista Rubens Pontes e sua muito apreciada coluna AQUI RUBENS PONTES | Meus poemas de sábado.
O plural Rubens Pontes
Tenho um texto escrito sobre ele com esse título aí. Mas deixei pra outro dia. Como não sou um intelecquitual, um letrado, pois escrevo “de ouvido”, garrei a matutá: – “que porra de poema escolho pra homenagear meu guru”.
Um zumbido zuniu nos meu zouvidos e bateu pramim: – “ora, ora, seu idiota, escolhe um poema sobre amizade”. Uai, sô, pensei mineiramente, nun é quié memo uma boa?
E tasca a “caçar” poemas sobre amizade…Mario Quintana, Manuel de Nóbrega, Manoel de Barros, Italo Campos, Matusalem Dias de Moura…entroutros, desfilaram pela minha pesquisa gugouliana.
E como só tinha outras 38 pautas pra revisar, reescrever, editar, escolher e editar fotos, cumprir os quesitos do Gugou – Google em gringueis – dei um istopi, coloquei dois pontos e falei com voz bem encorpada: – “fodam-se todos eles – os poemas sobre amizade, bem entendido, não os poetas citados acima.
Eu vou nos dois Drummond que já tinha “copigarfado” por dúvida das vias. Este primeiro, bem despojado e bêbado, do livro Brejo das Almas. O segundo, lá embaixo.
Convite Triste
Meu amigo, vamos sofrer,
vamos beber, vamos ler jornal,
vamos dizer que a vida é ruim,
meu amigo, vamos sofrer.
Vamos fazer um poema
ou qualquer outra besteira.
Fitar por exemplo uma estrela
por muito tempo, muito tempo
e dar um suspiro fundo
ou qualquer outra besteira.
Vamos beber uísque, vamos
beber cerveja preta e barata,
beber, gritar e morrer,
ou, quem sabe? beber apenas.
Vamos xingar a mulher,
que está envenenando a vida
com seus olhos e suas mãos
e o corpo que tem dois seios
e tem um embigo também.
Meu amigo, vamos xingar
o corpo e tudo que é dele
e que nunca será alma.
Meu amigo, vamos cantar,
vamos chorar de mansinho
e ouvir muita vitrola,
depois embriagados vamos
beber mais outros sequestros
(o olhar obsceno e a mão idiota)
depois vomitar e cair
e dormir.
Rubens mineiro
Esse José – clássico de Drummond é um dos meus de cabeceira, ao lado de Hoje é Sábado, clássico de Vinícius – foi publicado em 1942 numa coletânea, Poesias.
Sempre traduzi o final de José bem butecologicamente, acrescentando lá no final:
– E agora, José,
– Fudeu tudo, José!
Ainda bem que nosso Rubens Pontes não acreditou no Drummond ao dizer “Minas não há mais”. E foi na sua Minas Gerais que ele emplacou mais um ano em cima dos cem anos que havia festejado anteriormente com a família, na foto.
Depois de muitos anos no Espírito Santo contribuindo com seus mil talentos em jornadas jornalísticas, empresariais, assessorias de comunicação empresarial, Pontes voltou à sua terra, estacionando na pacata Capim Branco, a 45 km de Belzonte.
De lá, ele continua ligado ao ES através da sua coluna semanal AQUI RUBENS PONTES | Meus poemas de sábado neste jornal infernético que ele acompanha desde nossas primeiras discordâncias verbais (Don Oleari).
José
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
José, para onde?
Almoço em família
Edição, Don Oleari – [email protected] –
https://www.facebook.com/oswaldo.oleariouoleare – https://twitter.com/donoleari
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