Parece coisa de maluco, eleitor que só vota em quem vai perder, quando o que mais se vê por aí é eleitor que só vota em quem vai ganhar.
No entanto, conheço um eleitor que vota no mesmo candidato uma, duas e até três vezes, mas no dia em que o dito cujo vence a eleição, nunca mais vota em quem venceu a eleição. Perguntado a esse eleitor o motivo de não votar mais no que venceu, sua resposta, na ponta da língua, é porque não quer se aborrecer! Como?
Continuando a conversa com esse eleitor imaginário fica-se sabendo o seguinte para não votar no agora eleito. Ele, com certeza, vai cometer todos os absurdos que combatia quando era candidato e muitos outros.
Empreguismo, corrupção, abuso de poder, cargos e mais cargos criados para atender a todos os partidos políticos que o estão apoiando, aparelhamento da máquina pública, perseguições dos adversários, mordomia desenfreada e viagens e mais viagens aos continentes.
Mais: apropriação indébita de presentes recebidos, despesas extraordinárias com os convidados que acompanhavam e mais uma infinidade de besteiras e mordomias pagas com o seu, o meu, o nosso dinheiro.
Tudo isso e outras tantas besteiras que o antecessor praticava…
Sem falar nas muitas promessas feitas em campanha: dobrar o valor do salário mínimo, mesa farta para o trabalhador, melhorar a segurança pública, o ensino básico, a saúde, implantar um novo saneamento básico, geração de novos empregos, maior respeito à Constituição e mais uma infinidade de promessas feitas para boi dormir.
E aí a pergunta que não quer calar: até quando o eleitor vai continuar se deixando enganar vergonhosamente como vem acontecendo há décadas?
No dia de São Nunca, de tardinha?
Alencar Garcia de Freitas é jornalista
Eleitor
Edição, Don Oleari – [email protected] –
https://www.facebook.com/oswaldo.oleariouoleare
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