Distanciamento, isolamento
Um dos poucos momentos de congraçamento e distração familiar das classes médias e pobres, até antes da pandemia causada pelo Covid-19 e seus descendentes eram os churrascos e as cervejadas, que geralmente aconteciam nos dias de sábados e domingos, oportunidades em que discutiam política, esportes, economia, problemas familiares e até religiões.
Instalado o tal distanciamento social, com ele vieram também o isolamento familiar e o consequente estresse dentro das famílias; o que talvez esteja sendo o maior motivo para a desobediência civil vista e constatada no dia a dia de todas as classes sociais, com muita gente se rebelando contra a proibição do ajuntamento de grandes grupos de pessoas e também contra o uso de máscaras…
Um conhecido político brasileiro, “conselheiro” do presidente Bolsonaro defendeu, logo no início da pandemia, que o governo deixasse a coisa correr solta, por acreditar que a tal pandemia não seria capaz de vitimar mais do que umas poucas centenas de brasileiros!
O resultado é que, embora o governo tenha sido forçado a lançar uma série de arremedos talvez tentando seguir tal “conselho”, a campanha de vacinação acabou sendo partidarizada, inclusive com o presidente da República fazendo às vezes de garoto de propaganda contra a vacina e contra o uso de máscaras, está dando no que está dando, com tanta gente morrendo diariamente…
Distanciamento
Por outro lado, convenhamos, para um povo “fogoso” como o nosso, habituado a usar qualquer festinha para botar o bloco na rua, pular, dançar e soltar foguetes a torto e a direito, ter que ficar enjaulado por quase dois anos não é brincadeira, principalmente para os jovens!
Talvez por isso que o presidente tem ainda tanta gente do lado dele, quem sabe com a esperança de que ele, se for reeleito, abra as porteiras soltando, de vez, as multidões que querem continuar pulando e dançando, apesar da pandemia.
Alencar Garcia de Freitas é jornalista aposentado
Instalado o tal distanciamento social, vimos que com ele vieram também o isolamento familiar e o consequente estresse dentro das famílias; o que talvez esteja sendo o maior motivo para a desobediência civil vista e constatada no dia a dia de todas as classes sociais, com muita gente se rebelando contra a proibição do ajuntamento de grandes grupos de pessoas e também contra o uso de máscaras…
Um conhecido político brasileiro, “conselheiro” do presidente Bolsonaro defendeu, logo no início da pandemia, que o governo deixasse a coisa correr solta, por acreditar que a tal pandemia não seria capaz de vitimar mais do que umas poucas centenas de brasileiros!
O resultado é que, embora o governo tenha sido forçado a lançar uma série de arremedos talvez tentando seguir tal “conselho”, a campanha de vacinação acabou sendo partidarizada, inclusive com o presidente da República fazendo às vezes de garoto de propaganda contra a vacina e contra o uso de máscaras, está dando no que está dando, com tanta gente morrendo diariamente…
Por outro lado, convenhamos, para um povo “fogoso” como o nosso, habituado a usar qualquer festinha para botar o bloco na rua, pular, dançar e soltar foguetes a torto e a direito, ter que ficar enjaulado por quase dois anos não é brincadeira, principalmente para os jovens!
Talvez por isso que o presidente tem ainda tanta gente do lado dele, quem sabe com a esperança de que ele, se for reeleito, abra as porteiras soltando, de vez, as multidões que querem continuar pulando e dançando, apesar da pandemia.